O menino chovia.
E não era chuva, chuvisco, chuvinha.
Era chuva, trovão, trovoada.
Por qualquer coisa, coisinha, o menino relampejava.
A casa toda tremia, o chão até balançava, raios por toda a cozinha sempre que tinha salada.A empregada saía correndo, e a mãe também, chamuscada.
E o menino chovendo, chovendo, pedindo macarronada.
O pai imitava macaco, a mãe dançava na pia, tudo isso por medo da chuva, e pra ver se o menino comia.
E todo dia era assim, uma chuva sem fim, chuvarada.
Por qualquer coisa, coisinha…o menino relampejava.
livro O Menino que Chovia (Ed. Companhia das Letrinhas), de Cláudio Thebas
Essa tem sido minha rotina com bebe Bernardo sapeko perereko... mas não é para deixar de comer...é porque quer comer tudo que ve... isso que o danadinho come de 3 em 3 horas, e no intervalo mama no peito. Esses dias , na festinha da amiguinha, fez eu pagar um papelão: Toda vez que o garçom se aproximava com salgadinhos, ele " chovia " até eu colocar um pedacinho na boca dele... imagina a cena dele chorando muito, e eu desesperadamente, soprando o salgado para poder dar ( e eu sei que não é bacana soprar, mas eu tinha que fazer algo ) isso, que um pouco antes de sair de casa, dei janta... e ele chora pra comer mais, pra acordar, pra dormir, pra eu ficar no chão com ele o tempo todo... ( minha poupança está até quadrada ) dificil, viu...mas quando ele dá um daquele sorriso que fecha os olhinhos e mostra a gengiva desdentada...ah... passou...já esqueci... mãe é tão besta... e eu ao quadrado.